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segunda-feira, 15 de agosto de 2011

PREOCUPAÇOES DE UM BOM ANFITRIãO

O fato é.....

"Menus" caseiros não são mais regados a  Lasanha a Bolonhesa  ou Fricassê de Frango.
O Estrogonofe de Filé  e Filé à Parmegiana já foram um dia pratos convidativos para um jantar... Hoje são "demodê".
Simmm...    Existe moda na gastronomia...  Bizarro mas verdade.
Nos dias de hoje, todos tentamos improvisar em nosso lar, uma mini cozinha Gourmet: "Pomposos" molhos, entradas e sobremesas.


 Uma evolução para o bem..  
Acho interessante quem busca inovar os pratos comuns do dia a dia.
Contudo, em conjunto à essa evolução, chegam também as alergias, as crenças e as religiões...

E aí fica a pergunta... 
O QUE poderá agradar gregos e troianos em uma recepção.. para mais de 6, 10 pessoas ?

 Valha-me deus...

























O menu se extende.... 
 A entrada pode variar do moderno "Carpaccio de melancia" à uma "Salada de rúcula com morangos, rabiscado de balsâmico  reduzido
Eu julgaria esses pratos arriscadíssimos...
 Balsamico/ temperos/ pimenta preta. 

Um Brandade de bacalhau, que pode não agradar, pois alguém não come peixe...
Efim....Esse é um dilema que muitos cozinheiros de plantão passam,  mas que poderia ser resolvido com uma breve combinação antes do dia oficial... 
Ótimo e de bom tom,  quem avise ser vegetariano, ou ovolactovegetariano, nãocomopeixes, nãocomotemperos, nãocomocebola e intolerante a lactose e glúten, todavia nem sempre os convidados se sentem intimos o suficiente para isso.. Omitindo esse detalhe fundamental, para uma janta que poderia ser lembrada para sempre e ao mínimo poupar o cozinheiro, a despender horas em função daquela carne confitada fabulosa.

Para que você cozinheiro não reaja a uma situação dessas com uma crise, depressiva ou histérica.. 
 Sirva SEMPRE, um acompanhamento que possa ser saboreado sozinho e que digamos não cause nenhum efeito alergico ou não ortodoxo à seus convidados. 
Como:  uma "Polenta com queijo " acompanhada de um molho de abobrinhas, azeitonas, tomate e alho. ?? hum hum ??


E o que cozinhar, quando na ocasião a amiga vai só no frango, o marido odeia penosas, e só mangia peixe e o filhinho não arrisca nada além de um bom bife.....
Bom sendo inverno, você pode preparar uma sopinha na entrada, um creme de mandioquinha com moçarela (agora se escreve assim moçarela,ok?)  de búfala agrada todo mundo e não há risco de intoxicação. 
Outra saída pode ser uma Burrata, com tomatinhos cereja, rúcula e azeite, uma parte orgânica e outra com agrotóxicos mesmo. 


TODO cozinheiro deve encontrar uma saida para situações como essa... 

E para curtir uma sessão janta anormal... 

terça-feira, 2 de agosto de 2011

O Ceviche como se deve..... Peruano


História...






O curioso é que esse prato tão moderno é um dos mais antigos de que se tem notícia na América. Os primeiros registros de consumo de peixe cru marinado no Continente Americano aparecem em cerâmicas dos povos chimú, uma civilização que habitou o Peru entre 110 d.C e 1400 d.C. Muñoz conta que a iguaria é originária dos mochica — povo anterior aos incas que vivia no norte do Peru —, os quais se alimentavam de pescados marinados com ají amarillo e suco de uma fruta chamada de tumbo (parecida com maracujá, só que mais ácida). A acidez do suco servia para conservar o peixe. “Na linguagem mochica, o ceviche tinha o nome de siwichi, que significa peixe fresco”, conta Muñoz.

Apesar das diversas versões para a origem do prato, a receita ganhou novos contornos a partir da chegada dos espanhóis, que trouxeram os limões e as cebolas. Mais recente, no século 19, recebeu influências dos imigrantes chineses e japoneses no Peru. Eles acrescentaram molho de soja, gengibre e aipo aos temperos já consagrados.
O ceviche é saboreado em todos os países da América, na costa do Pacífico, do México ao Chile. Em cada lugar, tem suas particularidades. Só no Peru há 200 variedades populares. Embora o ceviche permita diversas fusões, Muñoz lembra que a base do tempero — sal, limão e ají amarillo — nunca deve ser mudada, “senão perde sua identidade”. Para ele, a variação deve ser feita no acréscimo do suco das frutas — sempre ácidas — que não existem no Peru. “Caju, umbú, maracujá, carambola, mangaba e cajá são excelentes combinações para o ceviche”, afirma o chef. Um exemplo dessa combinação é o prato criado pelo chef para o El Paso Texas: o ceviche nordestino. Ele é feito com tilápia ao creme de cajá e mix de pimentas. Muñoz dá uma dica preciosa para quem quer saborear, ou mesmo fazer, o ceviche: o peixe deve ter a carne fibrosa, para que não se desfaça quando for marinada. “A base de um bom ‘cebiche’, ou ceviche, começa com o peixe, ou frutos do mar frescos, cortados em cubos de 2cm”, explica.
Segundo o chef americano Douglas Rodrigues, em seu livro The Great Ceviche Cook Book, a pipoca é o acompanhamento ideal para o ceviche. Preparada à moda antiga — na panela, com um pouco de óleo e sal aromatizado com alho —, a pipoca prepara o paladar para receber cada bocado do peixe marinado no limão. É experimentar para saber.

(FOTO Ceviche  de Fabian Ramos)
(Texto tirado de Correio Braziliense)

Lições em Xangai: Uma especialidade local


INTERESSANTE
"Graças à sabedoria de seus filósofos, os chineses e japoneses têm séculos de treinamento na arte de extrair prazer das circunstâncias mais simples. 
Comer é uma necessidade básica e diária, faz parte da cultura chinesa tornar a comida uma grande fonte de prazer ,  sem que  para isso dependam de materiais raros ou caros.
 Usando apenas o método e a habilidade", eles possuem oito tesouros : Referem-se aos ingredientes: broto de bambu, tofu, amendoim torrado, pimentão, alho, gengibre, camarões, cebolinha  (Essa reportagem foi tirada da revista Piaui, (cozinha da piaui)) 

     Para este momento, esse post é de suma importância.
        Acredito que é dever de qualquer Cozinheiro / Chef...    preparar uma boa comida com ingredientes comuns, fáceis de encontrar, locais e da estação.
        A gastronomia se difundiu muito atualmente, há um grande movimento populacional para esses    centros gastronômicos, os restaurantes de hoje tem como atrativo seu Chef de cuisine", ele é o coração do estabelecimento,  tudo isso nos instiga  um interesse maior em degustar pratos com certa "etiqueta/ marca" e em certas ocasiões provar somente o Menu assinado por tal nome da gastronomia já nos basta. 
        Obviamente a gastronomia evoluiu com esse momento, há mais prazer por uma boa comida, ingredientes de qualidade, e bons vinhos.

         Mas será isso uma boa evolução...???
         O queijo que você provou, um queijo Brie Importado da França, aquele Aspargo direto da Europa, acredito que grande parte das pessoas nem sequer se questiona sobre a procedência dos ingredientes e o que isso causa e causará futuramente, na verdade nem eu me questionava, enquanto degustava um belo Camembert...
         Eu sei ... que os tempos são de "correria"  (a palavra chave para o sucesso na atualidade)
         Nossos dias  com horas insuficientes,  o celular grudado ao ouvido - esses são requisitos para se ter um bom padrão de vida, mas pense um pouco alem do umbigo, como as coisas funcionam, vamos começar...
        Os alimentos rotineiros que encontramos no supermercado ou no prato do restaurante são em maioria importados (de outras cidades, estados, países), qual o motivo em não comprarmos os produtos fabricados em nossa região e verduras da estação ?
        Quantas vezes voce viu na prateleira um iogurte produzido na sua cidade e nem cogitou colocar no carrinho, pois ele nao tem um bom marketing na televisão, mal sabe você que ele é produzido com cuidado e fiscalização rígorosos, alem disso por ter menor produção, tem uma melhor qualidade de leite e inclusive tirado da fazenda próxima a ele.
(digo isso com fundamentos, pois minha familia ja teve fabrica de iogurte no interior) .
        Contudo isso voce preferiu comprar a marca que aparece na Televisão, afinal o marketing é o máximo e o produto deve ser melhor.. 

RESUMINDO...  esse outro famoso iogurte que voce comprou, vem de caminhão de Sao Paulo (Produziu uma carga de CO2 na camada de ozônio) alem de tudo ele vem transportado em Câmara fria (produzindo mais CO2 ainda,  tantos KM exigem litros de combustível , em um trajeto longo que estraga também as estradas. 

       Escrevo isso por um único motivo,  a banalização desses produtos (que deveriam ser luxos em nossa mesa) esta cada dia maior, a desculpa é que eles são baratos e bons. São baratos mesmo ? 
       Vamos mais a fundo nesse Custo  X Beneficio X Sustentabilidade, ter um produto importado deveria ser um luxo, contabilizando a carga de CO2 e outros químicos jogados ao ar  e natureza para termos um potinho de iogurte famoso na nossa mesa. 
       O interessante é que esse iogurte (usando o exemplo do iogurte) que vem de Sao Paulo ou até importado de outro pais, impressionantemente chega aqui com um custo menor que o da concorrência local, você realmente acredita que ele é feito com os melhores ingredientes...??? 
Ate onde sei, a competição para venda é grande,  alem de o transporte e o combustível estarem extremamente caros, ou estou errada ? Estranho conseguirem essa margem de preço, contando tamanho deslocamento de caminhões, marketing agressivo e custo de embalagem. 
       A 7 anos atras, vi um filme chamado “A Carne é fraca“, que mostra todo o segmento do alimento no Brasil/ Planeta e os danos causados pelo mesmo (produção exagerada de carne, comidas em geral e tudo que gira em sua distribuição).
       PENSE um pouco antes de comprar no Supermercado amigo.. Eu sei que é chato esse assunto da globalização, antigo e sem solução, mas coloque isso frente a frente com os seus questionamentos de vida, saúde  e futuro, quem sabe repasse isso à seus filhos ja que eles serão os próximos “sujadores“ do mundo...
       Tenho esperança que a próxima geração tenha mais noção disso tudo, a nossa ja esta praticamente perdida .
        Mais importante ainda é a relação dos Chefs e Cozinheiros do mundo com essa situação , as novas galinhas de ouro da gastronomia tem o dever de planejar e mudar o mundo através da cozinha. A exemplo do texto sobre os chineses e japoneses,  que com ingredientes simples e locais criam produtos deliciosos. 



                                                  



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pouco de de floripa


 essa paz que me faz bem..